Arquétipos e símbolos do nosso inconsciente

Arquétipos e símbolos do nosso inconsciente

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Larissa Luna

A palavra arquétipo representa um conceito complexo que, embora pareça difícil, pode ser compreendido através de explicações gerais. Arquétipos são como impressões que as pessoas possuem a respeito de algo ou alguém e que influenciam sonhos, fantasias e até seu comportamento.

O arquétipo pode ser utilizado como elemento ou base conceitual para compreender e explorar todos os tipos de experiências nas quais a função criativa da imaginação esteja presente. Isto ocorre devido ao fato dele manifestar-se ou atuar simultaneamente em vários níveis ou estratos: como imagem, como padrão de percepção, como filtro da realidade ou como um impulso.

Existem vários arquétipos na mente humana relacionados, principalmente, a situações típicas da existência humana. Não os acessamos diretamente, mas através das suas manifestações: biológica, em padrões de comportamento; e psíquica, em imagens e representações, formando um substrato comum à humanidade.

Esse substrato comum é denominado inconsciente coletivo ou psique objetiva. Sua existência é independente do ego e da subjetividade de cada indivíduo; tendo se formado pela repetição de comportamentos frente a determinadas situações semelhantes entre si ao longo das diversas gerações, tornando-se um fundo psíquico comum à humanidade. O inconsciente coletivo e os arquétipos seriam os depositários deste repertório de estruturas ou padrões comportamentais. Eles fazem parte da natureza humana, independente do tempo e das culturas.

Há uma relação clara entre psique e o corpo. Ao analisar a origem dessas imagens primordiais, estamos, de certa forma, estudando o comportamento humano. Em outras palavras, essa forma de encarar os arquétipos nada mais é do que uma alternativa de tentar racionalizar uma manifestação vista como inconsciente.

No Yôga, podemos observar a manifestação desses arquétipos através dos mudrás que são gestos reflexológicos, simbólicos ou magnéticos feitos com as mãos.

Ao colocarmos as mãos em determinadas posições, o gesto nos remete a setores específicos do inconsciente coletivo, já que tais gestos vêm sendo executados repetidas vezes pelos praticantes dessa filosofia. Com o tempo de prática e através da repetição do mesmo gesto, reforçamos esse “caminho” e tornamos mais fácil o acesso aos estados de consciência desejados, como uma espécie de atalho.

O nosso organismo está diretamente ligado às nossas vivências e é impossível não pensar no desenvolvimento de um sem o outro. Isso não acontece por acaso e é preciso que esse estímulo seja repetido diversas vezes. Quando somos expostos a determinados arquétipos, nosso corpo produz hormônios que geram emoções. Isso reforça determinados padrões de comportamento. Muito daquilo que pensamos estar escolhendo de forma racional tem um pano de fundo das nossas experiências emocionais.  Dessa forma, devemos buscar nos conectar a um processo de autoconhecimento que fará reverberar em nós essa sensação de bem estar.