Corpo, emoções e mente estão interligados. A mente tem uma natureza inquieta e rápida, tende a navegar entre o passado e o futuro, o que interfere nas emoções. Excesso de futuro, por exemplo, gera ansiedade, enquanto excesso de passado pode acarretar em estagnação. O corpo físico, por sua vez, processa as informações do presente e retém as experiências vividas mais profundamente, registrando-as para que fiquem guardadas e manifestem-se de diferentes maneiras.
Na prática do Yôga, o corpo é percebido de forma expandida, um microcosmo que contém o macrocosmo. Assim, o trabalho corporal permite muito mais do que conquistar força e flexibilidade, ele nos dá acesso a setores profundos da nossa consciência e expande nossas percepções utilizando o físico como uma poderosa ferramenta, afinal, ele vem sendo desenvolvido e aprimorado ao longo de milhões de anos, permitindo interações com o mundo e se auto-regulando através de uma sabedoria inata que busca sempre o equilíbrio.
Todos nós temos condições de ser mais do que somos. Através do corpo, conhecemos nossos limites e potencialidades, conectando-nos a nós mesmos de forma profunda. Ao ampliar a consciência corporal,“desconconstruímos” e “reconstruímos” um novo EU mais potente.
“As descobertas feitas com o corpo deixam marcas, são aprendizados efetivos, incorporados. Na verdade, são tesouros que guardamos e usamos como referência quando precisamos ser criativos em nossa profissão e resolver problemas cotidianos. Os movimentos são saberes que adquirimos sem saber, mas que também ficam à nossa disposição para serem colocados em uso.”
Equilíbrio, portanto é palavra chave. Buscamos mobilidade, força, flexibilidade, consciência e inteligência corporal, tudo trabalhado de maneira inteligente e agradável, aliando eficiência e prazer ao longo da prática.