Feche os olhos e lembre de um momento em que você realmente se sentiu feliz!
Esse simples exercício pode revelar muita coisa para você!
Passamos a maior parte de nossas vidas no piloto automático, condicionados a cumprir certos deveres e papéis e nem mesmo percebemos que não foram escolhas livres.
Vivenciamos um mundo supérfluo, onde as relações são frágeis, onde as aparências nas mídias sociais determinam quem somos, onde ter vale mais do que ser, onde o amor se tornou posse e se conhecer, démodé.
Distanciados da conexão com a nossa própria essência, buscamos desenfreadamente acalentar nosso coração e preencher nossa existência com o que está externo a nós: bens materiais, lugares da moda, posts no Instagram, viagens descoladas e relações vazias.
Vínculos verdadeiros dão trabalho, exigem dedicação, comprometimento, empatia, olhos nos olhos e principalmente nos fazem olhar para dentro.
Mas quem tem tempo para isso, para olhar para si e ter uma conversa franca consigo mesmo?
Quem está disposto a sair da sua zona de conforto e expor suas fraquezas? Quem tem a firmeza de dizer não àquilo que não é importante e ir em busca da sua verdade?
Estamos tão agitados internamente que não permitimos que nosso verdadeiro eu, que nossa profunda consciência se expresse de forma legítima.
Ao não vivenciarmos o nosso universo interior, nossa consciência é velada e a felicidade escorre pelas mãos.
No meio desse grande turbilhão não percebemos que estamos mergulhados neste mundo de ilusão, onde o que vemos são sombras de dentro da caverna.
Estamos sempre querendo, e quando alcançamos, o objeto de desejo não nos satisfaz mais. Outro anseio ocupa esse lugar.
A sede nunca cessa. E ela será infinita enquanto não fizermos as seguintes perguntas:
O que me move?
O que me faz feliz?
Qual é o legado que quero deixar?
Como posso contribuir?
Para que a vida tenha sentido é imprescindível olhar para si e permitir sua essência se revelar!
Em tempos atuais, o mais importante para um homem deveria ser conhecer a si próprio. Esse seria o maior legado que deixaríamos às gerações futuras.
Descobriríamos que somos parte de um grande oceano como garrafas cheias e arrolhadas boiando sobre a água, e ao permitir deixar fluir o seu líquido ao encontro do oceano, veríamos que água é a mesma, que a nossa essência é a mesma.
Entenderíamos que o micro, que somos nós, revela o macro, que é o universo.
Esse processo de autoconhecimento nos faz ter a noção de que somos parte de uma única consciência.
A vibrar com empatia e altruísmo diante de qualquer manifestação de vida e da natureza.
A atuar na sociedade com responsabilidade e afeto e saber que o que está dentro também está fora e que no fundo somos todos um, apenas envolvidos por diferentes garrafas.
Reserve um momento do seu dia e dedique-o a você.