Hoje eu tive um dia cheio!
Preciso de um tempo, minha cabeça está cheia.
Hoje eu estou de saco cheio!
Quais dessas expressões você usa com frequência? Provavelmente, todas. E, já parou para pensar de onde vem esse uso da palavra “cheio” para designar momentos de esgotamento?
Pois é, essa não é uma mera coincidência. Imersos em uma enorme quantidade de estímulos e demandas, estamos a maior parte do tempo “cheios”, ou seja, não sobra espaço para desfrutar, para pensar em outras coisas, para aprender, para contemplar e, até, para não pensar em nada. Principalmente nas grandes cidades, o ritmo do dia a dia é tão corrido que temos a agenda toda preenchida, constantemente cheia. Mas, onde ficam os espaços necessários para a desaceleração?
Como tudo na vida, encontrar o equilíbrio entre a atividade e o descanso é fundamental. Não podemos encarar a nós mesmos como máquinas imparáveis, inquebráveis e infalíveis; é necessário ponderar que a produtividade depende, também, do período de recuperação e que, se não fizermos isso por bem, acabaremos fazendo por mal, obrigados a parar por problemas de saúde, o velho conhecido burnout.
Pode parecer difícil, mas inserir momentos de relaxamento na rotina não precisa ser complicado. Pequenas pausas, se feitas com eficiência e qualidade, podem ajudar muito a descomprimir. A prática da meditação é uma excelente ferramenta; proporcionando um descanso para a mente, que fica quieta apenas contemplando o momento presente. Outra opção é o relaxamento guiado que, em poucos minutos, consegue conduzir a um estado profundo de descontração muscular e nervosa, gerando uma sensação de estarmos recarregados; e, é claro, priorizar ter horas suficientes de sono na rotina, para que o corpo possa se recuperar e assimilar tudo aquilo que vivemos durante a vigília.
Além desses recursos mais técnicos, separar espaço na agenda para atividades de lazer, pequenas pausas ao longo da rotina de trabalho, conviver com pessoas, ter hobbies e permitir-se estar em pausa são pontos fundamentais para encontrar esse tão falado equilíbrio.
Reaprender a estar quieto pode ser um caminho desafiador para alguns, mas certamente indispensável. Somente assim é possível encontrar espaços para deixar florescer o que temos de mais valioso: nossa individualidade, criatividade, intuição, alegria de viver. Que tal começar agora?