São inegáveis os inúmeros efeitos colaterais que essa técnica pode produzir no ser humano. Segundo pesquisas feitas pela Universidade de Harvard, a meditação é capaz de atuar na parte fisiológica do nosso cérebro, reconstruindo o que chamamos de “massa cinzenta”, conhecida por ser importante para a aprendizagem, memória e por conter estruturas associadas ao autoconhecimento, empatia e administração do stress.
No mundo de hoje, globalizado e altamente competitivo, as próprias empresas têm buscado formas diferentes de capacitar seus colaboradores. Não no quesito técnico, pois hoje os bons profissionais já possuem MBA, pós graduação, mestrado, etc. Essas empresas precisam de profissionais que pensem “fora da caixinha”, profissionais com ideias inovadoras e com maior capacidade de realização e liderança. Uma das alternativas que mais vêm crescendo e sendo adotadas para lidar com esses desafios da vida moderna é a meditação.
Uma pesquisa famosa sobre os efeitos da meditação é a do neurocientista Richard Davidson, pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison. A fim de mostrar as regiões mais ativadas durante a meditação, ele monitorou monges tibetanos em máquinas de ressonância magnética e o resultado foi a área responsável pelo raciocínio, pela atenção e pela administração das emoções, conhecida como córtex pré-frontal. “Entendemos que a meditação é um treinamento para o cérebro, como os exercícios físicos são para os músculos”, diz Davidson.
Steve Jobs, cofundador da Apple e um dos líderes mais admirados pela sua ousadia e forma inovadora de trabalho, era publicamente adepto da meditação. Em citação para o seu biógrafo Walter Isaacson ele disse: “Se você simplesmente sentar e observar, verá como a sua mente é inquieta. Se você tenta acalmá-la é pior, mas com o tempo ela se acalma e quando isso acontece, existe espaço para ouvir as coisas mais sutis – e é aí que a sua intuição começa a aflorar e você começa a ver as coisas mais claramente e estar mais no presente. Sua mente desacelera e você sente naquele momento uma tremenda expansão.”
Vendo assim a meditação pode até parecer mágica, mas ela exige muita disciplina e constância. No Método DeROSE ensinamos a meditação como parte essencial de uma prática milenar muito mais completa que é feita em oito partes. É importante trabalhar a mente, no entanto, nosso corpo precisa acompanhar essa evolução. Por isso também utilizamos técnicas de fortalecimento muscular e de flexibilidade, técnicas para reeducar a respiração e ampliar a vitalidade, bem como meios para administrar as emoções e diminuir a ansiedade. Tudo isso em conjunto vai produzir uma verdadeira transformação positiva no individuo resultando, não somente em melhor produtividade profissional, como principalmente em uma vida mais plena, mais feliz e realizadora.
Por Renata Junqueira